Como esses dias tem sido difíceis! Minhas forças se esvaem, e não quero te buscar. Muitas vezes procuro coisas supérfluas a estar em Teus braços. Sou mau meu Deus, e isso me entristece de tal maneira que estou a ponto de me consumir. Aflita está minha alma, neste meu leito não tenho te buscado e nem ao menos ergo minha gratidão. Creio ainda em tua palavra? sabes ainda meu nome? Sem sentido olho pela porta da sala, mas... não há nada que eu possa dar de mim, nem mesmo o respirar, nem o cantar, nem o sorrir. Os pássaros cantam, as árvores florescem, o vento passa e o sol resplandece. Sim Senhor, Tu vens me buscar, ainda sem te oferecer ao menos a oração. amo-te Senhor que mesmo não tendo forças, intercede por mim, Te amo Deus meu e Rei meu.
sábado, 29 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Conselhos de John Frame para Seminaristas e Teólogos Iniciantes
- Considere a possibilidade de você não ter sido chamado para ser um teólogo. Tiago 3:1 nos lembra de que nem todos os que estão estudando teologia deveriam procurar ser mestres.
- Valorize seu relacionamento com Cristo, com sua família e com a igreja mais do que a sua carreira. Você influenciará mais pessoas por meio de sua vida do que pela sua teologia. As deficiências em sua vida acabarão negando a influência de suas ideias, mesmo as ideias que são verdadeiras.
- Lembre-se de que a tarefa fundamental da teologia é entender a Bíblia, a Palavra de Deus, e aplicá-la para as necessidades das pessoas. As demais coisas, sofisticação exegética, histórica e linguística, conhecimento da cultura e filosofias, tudo isso deve estar subordinado à tarefa fundamental acima. Se não estiver, você acabará sendo aclamado como um grande historiador, linguista, filósofo ou crítico da cultura, mas não como um teólogo.
- No cumprimento da tarefa acima, você tem a obrigação de saber argumentar. Pode parecer óbvio, mas muitos teólogos hoje perecem não ter a menor ideia de como fazer isso. Teologia é uma disciplina argumentativa e, por isso, você precisa ter um conhecimento suficiente de lógica e persuasão a fim de construir argumentos que sejam válidos, sadios e persuasivos. Na teologia, não basta demonstrar que você tem conhecimento da história, da cultura ou de outras áreas do saber.
- Não basta citar pessoas que concordam com você e criticar aquelas que discordam do seu ponto de vista. Você precisa saber formular um argumento em defesa daquilo que crê.
- Aprenda a escrever e falar de maneira clara e convincente. Os melhores teólogos são capazes de tomar um assunto complexo e explicá-lo numa linguagem simples. Nunca tente demonstrar que você é especialista numa área por meio de uma linguagem obscura e opaca.
- Cultive uma intensa vida devocional e ignore aqueles que o acusarem de uma falsa piedade. Ore sem cessar. Leia a Bíblia, não apenas como um texto acadêmico. Valorize todas as oportunidades de participar de cultos e reuniões de oração no seminário e aos domingos na igreja local. Dê atenção à sua “formação espiritual”.
- Um teólogo é essencialmente um pregador, exceto que ele se envolve ocasionalmente com assuntos mais “misteriosos” do que o pregador. Seja um bom pregador. Encontre uma maneira de fazer sua teologia falar aos corações das pessoas. Encontre uma maneira de apresentar sua teologia de tal modo, que as pessoas ouçam a voz de Deus nela.
- Seja generoso com seus recursos. Gaste tempo conversando com seus alunos e aqueles que pretendem ser alunos. Doe livros e artigos. Não seja “mão fechada” no que tange a materiais com seus direitos autorais. Dê permissão para seu material ser copiado, sempre que for solicitado. Ministério em primeiro lugar, dinheiro em segundo.
- Ao criticar outros teólogos, denominações ou movimentos, siga a ética bíblica. Não chame uma pessoa de herege precipitadamente. Não acuse pessoas com termos do tipo “outro evangelho” (aqueles que pregam um outro evangelho estão sob a maldição de Deus). Não destrua a reputação das pessoas por meio de uma citação equivocada, fora do contexto, ou no pior sentido possível. Seja gentil e generoso a menos que você tenha razões fortíssimas para ser severo.
- Numa controvérsia, nunca se posicione, precipitadamente, de um lado do debate. Faça um trabalho analítico de ambas as partes. Considere estas possibilidades: a) os dois lados podem estar olhando para o mesmo assunto de perspectivas diferentes, mas não pensando de maneira diferente; b) ambos os labos podem estar despercebidamente desprezando um ponto que poderia fazê-los pensar em harmonia; c) eles estão tendo dificuldade de se comunicar um com o outro porque estão usando termos que têm sentidos múltiplos; d) pode haver uma terceira alternativa melhor do que as duas posições que estão sendo defendidas; e) ambas as opiniões na controvérsia, mesmo que genuínas, devem ser toleradas na igreja, assim como as diferenças entre vegetarianos e não vegetarianos em Rm 14.
- Quando você tiver uma grande ideia, não espere que as pessoas a entendam imediatamente. Não tente promover esta nova ideia a ponto de criar uma facção. Não entre em rivalidade com aqueles que por acaso não vierem a apreciar sua maneira de pensar. Dialogue com eles de maneira gentil, reconhecendo que você pode estar errado e não tem a humildade de reconhecer isso.
- Não seja impulsivamente crítico com qualquer coisa que venha de outras tradições religiosas. Seja humilde para reconhecer que outras denominações podem ter algo a lhe ensinar. Seja “ensinável” antes de começar a ensiná-los. Tire a trava dos seus olhos.
- Esteja preparado para avaliar criticamente a sua própria tradição. É uma ilusão pensar que uma tradição religiosa tem todas as verdades ou está sempre certa. Não seja um daqueles teólogos conhecidos por tentar fazer arminianos se transformarem em calvinistas (ou vice-versa).
- Olhe para os documentos confessionais de sua denominação com a perspectiva correta. Eles são, entre outras coisas, o fruto do trabalho de teólogos e devem ser avaliados e reformados, quando necessário, pela Palavra de Deus. Não assuma que tudo o que está nos símbolos de fé da sua tradição religiosa está decidido para sempre.
- Não deixe que o ciúme do sucesso de um colega determine as polêmicas nas quais você se envolve, ou o lado que você toma em tais polêmicas. Há muitos que são inclinados a ser completamente críticos de igrejas com mais de cinco mil membros.
- Não se torne conhecido como um teólogo que atira para todos os lados tentando acertar outros teólogos ou cristãos. Nossos inimigos são: satanás, o mundo e a carne.
- Mantenha-se vigilante com respeito aos seus instintos sexuais. Mantenha distância de qualquer pornografia na internet e relacionamentos ilícitos. Teólogos não são imunes a nenhum dos pecados nos quais outras pessoas caem.
- Seja um membro ativo na igreja local. Teólogos precisam dos meios da graça no mesmo tanto que os demais membros da igreja. Isto é especialmente verdadeiro quando você estuda em uma universidade secular ou seminário liberal. Você precisa do suporte de outros crentes para manter uma perspectiva teológica apropriada.
- Faça seu primeiro curso de teologia num seminário que ensine a Bíblia como Palavra de Deus. Procure familiarizar-se com a teologia das Escrituras antes de se expor (se for o caso) a formas de pensamentos não bíblicas.
- Aprenda a demonstrar apreciação pela sabedoria, até mesmo a sabedoria teológica, daqueles cristãos totalmente leigos. Não seja um daqueles teólogos que tem sempre algo negativo a dizer quando uma pessoa mais simples descreve sua caminhada com o Senhor. Frequentemente, pessoas simples como estas conhecem a Deus melhor do que você, e você precisa aprender deles, à semelhança do que fez Abraão Kuyper.
- Não seja um daqueles teólogos que se empolga com toda e qualquer novidade em política, cultura, hermenêutica e até mesmo teologia, e pensa que devemos reconstruir toda nossa teologia para se adequar a cada tendência.
- Tenha sempre um pé atrás com todas as “tendências” em teologia. Quando você vir todo mundo entrando no mesmo vagão, seja feminismo, liturgia, pós-modernismo, ou qualquer outro “ismo”, este é o momento para você abrir os olhos e usar sua capacidade crítica. Não embarque em qualquer uma destas tendências antes de fazer a sua sondagem.
- Ao mesmo tempo, não rejeite uma ideia inovadora apenas por ser inovadora. Mais importante ainda, não rejeite uma ideia simplesmente porque ela não soa como aquilo que você está acostumado a ouvir. Aprenda a discernir entre o “som de uma ideia” e aquilo que a ideia realmente diz.
- Esteja sempre alerta para argumentos que recorrem a metáforas ou termos técnicos extra bíblicos. Não assuma que todos estes termos têm um sentido perfeitamente claro. Geralmente este não é o caso.
- Aprenda a ser crítico daqueles que são críticos. Estudiosos liberais ou não cristãos estão propensos a errar como qualquer outro – na verdade, são mais propensos.
- Respeite os mais velhos. Não existe nada mais prejudicial a um teólogo iniciante do que desprezar aqueles que têm atuado no campo por décadas. Discordar é cabível conquanto você reconheça a maturidade e as contribuições daqueles de quem você discorda. Tenha sempre 1Tm 5:1 no coração.
- Teólogos iniciantes geralmente se veem como o próximo Lutero. Olhe, é muito provável que Deus não o tenha escolhido para ser o líder de uma nova reforma, como nos dias de Lutero. Mesmo se este for o caso, nunca se intitule como “o reformador”; deixe que os outros decidam se isso é realmente o que você é.
- Decida cedo em sua carreira (após ter experimentado algumas vezes) no que você irá focar e no que não irá focar. Quando você começar a ter que considerar oportunidades, o saber quando dizer não é muito mais importante do que saber quando dizer sim.
- Nunca perca seu senso de humor (não apele). Perder o senso de humor é perder o senso de proporção. Nada é mais importante em teologia do que o senso de proporção.
Tradução: Daniel Santos Jr.Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
sábado, 1 de setembro de 2012
Ekklesia
Um pouco de História
Olhando para o grego clássico percebe-se que Ekklesia era o
ajuntamento ou assembleia dos cidadãos de uma cidade com objetivos de legislar
ou deliberar sobre ela. Este mesmo termo, futuramente, veio a ser adotado pelos
tradutores da LXX (septuaginta), para substituir o termo קָהָל (kahal) que
quer dizer ajuntamento, em Atos dos Apóstolos o termo ekklesia aparece
23 vezes, e toda essa aparição significa igreja local, ou seja, a igreja de
Jerusalém, mas ao longo da história da igreja esse termo é adotado também pelas
comunidades locais, isso se dá, pois Paulo é o primeiro escritor do NT que usa
o termo no plural, indicando igualdade entre as comunidades.
No principio da era cristã, ou
seja, na igreja primitiva a porcentagem de Judeus era maior, e os romanos não
diferenciavam a religião dos cristãos do judaísmo, era tido como uma seita
assim como o farisaísmo, os saduceus, zelotes e essênios. Justo L. Gonzales em
seu livro, História Ilustrada do Cristianismo mostra isso claramente:
“Os primeiros cristãos não criam
que pertencessem a uma nova religião. Eles haviam sido judeus toda a sua vida,
e continuavam sendo. Sua fé não consistia em uma negação do judaísmo, mas antes
na convicção de que a idade messiânica, tão esperada pelo povo hebreu, havia
chegado.”
Em meados do séc. XIV John
Wycliffe declara, referindo-se a opressão e aos abusos da igreja católica apostólica
romana:
“A verdadeira igreja é composta
por aqueles que Deus escolheu para a salvação e não os que escolheram estar nas
comunidades cristãs.”
Depois de Constantino o mundo era
dividido em dois, a saber, cristãos e não-cristãos, a ekklesia era
portanto apenas uma, a igreja católica. Após os reformadores se tem escolhas de
diversas doutrinas, e o mundo se vê “livre” do julgo do catolicismo.
Ekklesia de hoje
Neste tópico propõe-se começar com
uma citação que Kevin DeYong faz em seu livro “Por que amamos a igreja”:
Em meio aos sofrimentos
Espera a Igreja santa
Um dia triunfar.
Pois a visão gloriosa
Enfim se cumprirá
E a Igreja vitoriosa
Em paz repousará.
É verossímil em comparação as
comunidades de hoje, esta pequena estrofe de um hino. As comunidades que se
dizem cristãs atualmente flerta com grande decadência, corrupção, banalidade, e
principalmente apatia, e não é a toa que o índice de evangélicos não
praticantes no Brasil segundo o IBGE é de 22,5%. Mas e os que estão ainda
dentro de suas comunidades de fé, merecem credibilidade? E os pastores, são
todos corruptos? Generalizando, será que a apatia já se tornou um câncer sem
cura? Uma pergunta fundamental que se têm questionado é: Todos os que estão congregando,
tem em suas mentes e em seus corações o Evangelho de Cristo? Será que todos são
ovelhas de Cristo? Quantos realmente têm ouvido a voz de Cristo, ou, Quantos
realmente conhecem a Cristo?
Disse Jesus:
A igreja é a noiva de Cristo e ela não é “amoldada” pela
forma secular, mas tem em si a essência da salvação e do verdadeiro Evangelho.
Muitos Restauracionistas têm uma enorme deficiência de conceitos ao atacar a
igreja, dizendo que está caída e doente, como se o primeiro século fosse o céu
e não houvesse problemas, e ainda, é preciso voltar à comunidade do primeiro
século (para esses recomendo um pouco mais de crítica em seus conceitos e leiam
Justo L. Gonzáles, principalmente os três primeiros capítulos), mas, gostaria
de lembrá-los que a Igreja ainda é a noiva de Cristo, e como noivo ele tem
ciúmes de sua noiva, e anseia por desposá-la, portanto, a igreja é escolhida
pelo próprio Deus.
Os santos, as ovelhas, o trigo, ainda resistem em suas
comunidades de fé, e quem é a igreja? Segundo o Bispo Alexandre Ximenes da
Igreja Episcopal Carismática é:
...a única alternativa comunitária de Deus para um
mundo adoecido.
Sim, a Noiva, Igreja santa, povo escolhido de Deus é o
ajuntamento desses santos e redimidos no sangue do cordeiro, quer sejam
católicos, quer sejam evangélicos, como disse Wycliffe, a verdadeira Igreja é
composta por aqueles que Deus escolheu, então como está escrito nas santas
escrituras:
Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o
costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês
vêm que se aproxima o Dia. Hebreus 10:25
Bibliografia
Dicionário Bíblico – Mckenzie, John L. . SP: Paulus, 1983
Dicionário de Hebraico-portugês e Aramaico-português. São Leopoldo
e RJ: Ed. Sinodal e Ed. Vozes, 2011
História ilustrada do Cristianismo – Gonzáles, Justo L.
SP: Vida Nova, 2011.
Por que amamos a Igreja – Deyoung, Kevin. Kluck, Ted. SP:
Mundo Cristão,
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