sábado, 11 de agosto de 2012

O inesgotável Evangelho de Cristo



Falar do Evangelho de Cristo para nós cristãos parece um tema fácil e com alegria esgotamos o tema sem problema nenhum. Porém, a verdade é que nem sempre o que falamos ou vivemos de fato seja o Evangelho de Cristo. É banal o modo como tratamos as escrituras, conservada durante milênios, para que chegasse até nós a salvação. Simplesmente voltamo-nos para um secularismo monótono que garante no mais tardar 80 anos, que segundo a Bíblia é canseira e enfado, e Paulo ainda nos adverte em Rm. 12:2:

“... não sejais amoldados a este século, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês.” 

Nas palavras de Paulo, é preciso chamar a atenção para o “não amoldar” com o secularismo/mundo. Em uma de suas pregações, um grande pregador do qual eu admiro muito, a saber, Paul Washer, enfatiza nesse trecho de Romanos 12:2, que o evangelho não conversa com o mundo e ainda cita a carta de 1Jo 2:15:

 Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.

Desde criança aprendi que Cristo morreu em meu lugar, aguentou uns tabefes, umas chicotadas, uns cravos no madeiro. Durante anos essa imagem me assustou. Mas, analisando a vida dos mártires da igreja primitiva, fiquei assustado! Vejam Policarpo de Esmirna, foi fiel e pregador do Evangelho, no entanto, foi condenado a morrer por não negar a sua fé, questionado pelo governador Plínio no ano de 155 D.C, se era cristão e se negasse sua fé poderia viver, então respondeu:

“Eu tenho servido Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Rei que me salvou? Eu sou um cristão”!

Ficheiro:Polycarp.jpg
Seu martírio foi terrível, foi colocado piche e ateado fogo em seu corpo. E muitos outros são os mártires que se seguiu na caminhada da igreja primitiva, tinham o comprometimento com a verdade.
Sejamos honestos, qual morte foi pior? A de Cristo ou a de Policarpo? A meu ver, morte é uma coisa horrível e indiscutível, porém, se pudesse optar, nunca gostaria de morrer queimado, optaria pela morte de cruz.
Mas então, qual foi a Graça que por nós recebida na morte de Cristo? Voltemos em dois momentos distintos, um pouco antes da morte de Cristo no jardim do Getsêmani, e o outro durante a crucificação:

1º Momento:

“E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.” Mt 26:39
2º Momento:

"E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" Mt 27:46

Os discípulos se alegravam em levar surras ou terem sidos afrontados por serem “portadores” do nome de Cristo ( ver Atos 5:41), ora, será que Cristo estava com receio de açoites ou até mesmo da Cruz? Paulo responde em Rm 1:18:

“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.”

Voltemos então ao nosso primeiro momento com a pergunta, o que continha no cálice que Jesus pediu ao pai que o livrasse? Por que tanta amargura e sofrimento ao ponto de transpirar sangue? Meus amados, a Ira de Deus era sobre nós, e Jesus tomou sobre si este cálice. Toda humanidade pecou, transgrediram as leis, então, Deus que é Justo julgou a humanidade, o que cabia a todos nós era a ira de Deus, e quem resistiria a essa ira se não o próprio Deus? Cristo sendo em sua essência Deus, tomou o cálice de sua própria ira, justifica-se então o sofrimento naquele determinado momento.
 Mas e o segundo instante? No momento em que Jesus clama ao pai por tê-lo abandonado, demonstra todo o desprezo do Pai por ele, pois naquele momento Cristo estava não só tomando o cálice da ira de Deus, mas levando sobre si o pecado de toda uma raça, a saber, a humana.
Enfim, o Evangelho de Cristo é mais que um simples falar que se esgota facilmente, mas que está além dos nossos limites de compreensão, e falar dele é apenas esboçar o misericórdia de Cristo pela humanidade, mas entendê-lo é como mergulhar na imensidão do mar e tentar achar terra, ou seja, jamais. 

Bibliografia
Novo Testamento interlinear grego – português. Barueri, SP: Sociedade bíblica do Brasil, 2004.
Estudos bíblicos expositivos em Romanos –Sproul, R.C. SP: Cultura Cristã,2011.
História do Cristianismo ao alcance de todos – Shelly ,Bruce L.. SP: Shedd Publicações.
História ilustrada do Cristianismo – Gonzáles, Justo L. SP: Vida Nova, 2011.

domingo, 5 de agosto de 2012

Teologia resposta para a igreja


Este texto não é mais uma produção sobre a teologia sectária ou até mesmo agnóstica, mas, refere-se a uma pequena reflexão sobre a teologia cristã.
Muito tem se visto em nossa realidade sobre a questão de Deus. As igrejas demonstram estar mais longe do seu caminhar cristão, parece até se cumprirem as escrituras que dizem:
“...o meu povo perece por falta de conhecer a palavra...”(Os. 4:6)
Onde estarão os que buscam o conhecimento das Escrituras? Onde estarão os chamados teólogos? Parafraseando o Pr. Fernando Brandão : “que resposta a casa de teologia tem para os dias atuais?
A igreja perece por falta de conhecer a palavra de Deus, e os teólogos escondidos permitem que a igreja pereça. Ora, não seria os teólogos profetas de Deus? Portadores do Estudo das Escrituras, não deviam estar mais junto do povo?
Enfim é preciso mais envolvimento entre a casa de teologia com a igreja, para que o corpo de Cristo seja mais sadio e faça o que foi incumbido a fazer, pregar o evangelho.